Humidade, bolor e frio: o retrato da pobreza energética em Portugal

Francisco Ferreira disse que a pobreza energética afeta cerca de 20% da população portuguesa e lembrou que um dos alertas da associação, que será hoje repetido, é a exigência de uma estratégia nacional de longo prazo para o combate ao fenómeno, “um elemento essencial a ser aprovado e implementado”.

Humidade, bolor ou infiltrações estão, além do desconforto térmico causado pelo frio, entre os problemas enunciados em 315 testemunhos sobre pobreza energética que a associação ambientalista Zero vai entregar esta terça-feira, 4 de abril de 2023, ao Governo. A entrega dos testemunhos faz parte da campanha “Casa Quente para Toda a Gente”, que decorre desde há alguns meses, para alertar e sensibilizar a população para a pobreza energética em Portugal.

Entre os 315 testemunhos, oriundos de 118 concelhos do país, houve quem se queixasse de que as lareiras não combatem o frio, que o preço do gás é incomportável para uma família de classe média com dois filhos, quem revelasse que tem problemas respiratórios e passa o inverno doente ou ainda que o frio que sente em casa dá origem a contraturas musculares, o que se reflete em perda de produtividade no trabalho.

À agência Lusa, o presidente da Zero adiantou que entre os problemas mais destacados pelas pessoas que participaram num inquérito online estavam a humidade, o bolor, as infiltrações, problemas relacionados com o facto de o país ter “muitas construções muito antigas, com fraco isolamento térmico, com janelas antigas”.

“Há aqui um peso absolutamente fundamental da qualidade da construção”, salientou Francisco Ferreira, apontando que o desconforto térmico associado ao frio “tem um peso muito grande”, apesar de os meses mais quentes também influenciarem o conforto térmico das habitações.

Acrescentou que a maior parte dos inquiridos referiu que tem de recorrer à climatização artificial para aquecer a casa durante o inverno, apesar de muitas delas não terem capacidade financeira para o fazer, com “uma substancial maioria” a utilizar aquecimento elétrico, como radiadores a óleo, “que são muito ineficientes”, mas também o aquecimento a gás. “Passamos pela roupa quente, pelos cobertores, pelas mantas. É, portanto, uma difícil gestão daquilo que é tentar ultrapassar estas situações de frio que durante o inverno surgem”, adiantou.

Para ler o artigo na íntegra aqui.
Fonte: Idealista

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