Banca vai calcular taxas de esforço e fazer o desconto direto nas prestações. Só depois é que o Estado irá ressarcir os bancos.
Para mitigar os efeitos da subida dos juros no crédito habitação, o Governo de António Costa desenhou um novo apoio que vem bonificar em 50% os juros dos empréstimos ao longo de 2023. Já se sabe que estas ajudas vão estar disponíveis às famílias com rendimentos até ao 6º escalão do IRS e créditos até 200 mil euros. E, agora, sabe-se ainda que vão ser os bancos a calcular as taxas de esforço e a descontar o apoio nas prestações da casa, que pode chegar até aos 720 euros por ano. Só depois é que as instituições bancárias vão ser ressarcidas pelo Estado.
No pacote de medidas "Mais Habitação", António Costa desenhou um apoio concreto para as famílias que viram as prestações da casa subir a pique à boleia das taxas de juro. Trata-se de um apoio destinado aos titulares de crédito para aquisição de habitação própria permanente com montante em dívida inferior a 200 mil euros e celebrado até ao dia 31 de dezembro de 2022. Além disso, estas famílias deverão apresentar ainda rendimentos coletáveis até ao 6º escalão de IRS (38.632 euros).
Mas como é que será feita a bonificação dos juros? A ideia é bonificar os juros em 50% da diferença entre o indexante atual e o limiar (de 3%) utilizado para avaliação de solvabilidade no momento da contratação do crédito. E “serão os bancos a fazer as contas e a reduzir aquilo que é debitado aos clientes na prestação mensal. O Estado irá depois ressarcir o banco dessa diferença”, explicou o Governo num documento com perguntas e respostas sobre o pacote para a habitação, que está em consulta pública até ao dia 10 de março.
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Fonte: Idealista